quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Zuca-Maluca

Hoje foi dia de história... A história da Zuca-Maluca. Uma história para relembrar que existem amigos e quem sem eles, ficamos tristes e doentes... 

A seguir, pintamos os desenhos da história, recortamos as imagens e colamos com a sequência certa!














Fica aqui a história...




Zuca-Maluca


Os animais diziam que aquela cigarra era mesmo uma cabeça tonta. Não tinha jeito para nada. Não sabia procurar comida, não sabia cozinhar… ela nem sabia fazer uma casinha como os outros animais!
Por isso, vivia assim, sem eira nem beira, empoleirada dos ramos das árvores. Na floresta até lhe chamavam cigarra Zuca-Maluca.
Tudo o que ela fazia, zuca-truca… saía sempre mal feito.
“Sou mesmo uma desastrada, uma cabeça maluca” – já pensava a cigarra.
O que a cigarra Zuca-Maluca gostava realmente de fazer era cantar. Adorava passar horas empoleiradas nos ramos das árvores. Mas ela tinha de procurar comida para se alimentar e não morrer de fome.
Ela bem se esforçava por fazer alguma coisa, mas nada, saía tudo ao contrário.
Ao ver-se assim, desajeitada, deixou-se cair numa tal tristeza que não mais comeu nem dormiu e até deixou de cantar. Só não morreu, porque a sua vizinha formiga Miga, não ouvindo as melodias, foi ver o que se passava.
Vendo-a assim, pálida e enfraquecida, a formiga Miga embrulhou-a numa folhinha de couve e levou-a ao Senhor Doutor, Dom Mocho Larocho.
- Esta cigarra não sofre de rouquidão, nem de qualquer outro mal que leve ao colchão… Hum! Talvez tenha um grande desgosto – disse o Doutor.
- Um desgosto?! – exclamou a formiga Miga muito admirada.
E foi assim que a cigarra Zuca-Maluca contou que se sentia muito triste por não ter jeito para nada.
O Doutor, Dom Mocho Larocho, pensou e repensou, até que achou uma solução para a cura daquela doença. Em segredo, disse à formiga Miga o que devia fazer para ajudar a sua vizinha.
Apressou-se a dona formiga Miga em reunir todos os animais da floresta. Foi uma grande reunião!
- Amigos animais – disse a formiga Miga -, temos que nos ajudar uns aos outros. Só assim poderemos viver felizes. Na floresta todos têm jeito para alguma coisa. Vocês já pensaram como é agradável trabalhar ao som da música?...
- Não! – responderam os animais em coro.
- Pois é! Ouvindo as canções da nossa amiga cigarra até nem nos custa trabalhar.
E foi assim que, de acordo comum, todos decidiram dar um pouco da sua comida à cigarra, diariamente, para que ela pudesse cantar para eles.
A partir de então, desapareceu a sua tristeza e a sua música passou a ouvir-se o dia inteiro. Afinal, a cigarra Zuca-Maluca servia para alguma coisa. Ela só tinha nascido para cantar e alegrar os outros nas canseiras de cada dia.

Colecção Contar à Lareira, Zuca-Maluca
Armindo Reis, Porto Editora

Sem comentários:

Enviar um comentário